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Sem-teto ocupa imóvel para evitar invasão
Os holandeses estão criando um
novo tipo de "sem-teto" invasor de
prédios abandonados, diz o "The
Wall Street Journal", o antiinvasor.
Ele paga uma taxa mensal a uma
agência que indica prédios, escolas
ou apartamentos abandonados.
O antiinvasor desocupa o lugar
quando a agência pede. Ela faz isso
para proteger os imóveis dos inimigos: os invasores de verdade.
Na Holanda, a invasão não é crime, ao contrário dos EUA, onde as
pessoas só podem morar em um
lugar do qual tenham a propriedade ou que aluguem.
Dirk Klanker, 26, já se mudou
cinco vezes nos últimos 18 meses.
Ele paga US$ 150 por mês a uma
agência que lhe arruma vagas em
apartamentos vagos, salas de aula
abandonadas e até escritórios vazios. "Enquanto houver locais para
invadir, eu estou tranquilo", disse
Klanker ao "Journal".
Alguns, como Janine Hazemeyer, 26, procuram o serviço de uma
agência por causa da falta de oferta
de apartamentos. Ela está morando com amigas há seis meses.
"Mesmo com um bom salário, não
consigo alugar nada", afirmou.
Ser um antiinvasor depende da
confiança da agência. Cada novo
antiinvasor deve ser indicado por
um antigo, fazer uma entrevista,
assinar um contrato e fazer um depósito inicial.
Devem, também, seguir as regras
de cada casa, as quais estão longe
de ser rigorosas: cada um pode
plantar maconha para uso próprio
e só pode dar festas com a permissão da casa.
Os invasores de verdade não gostam da competição. Eles vêem os
antiinvasores como uma perversão do ideal de que "a propriedade
é um roubo". Essa era uma visão
popular dos anos 60 e 70.
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