DA REDAÇÃO

Caso as condições de segurança não melhorem, acontecerá um acidente aéreo por semana em 2020. A previsão é do diretor-geral da aviação civil francesa, Michel Wachenheim. Em entrevista ao jornal "Le Monde", ele culpa a falta de comunicação entre os países para que o número de acidentes não diminua.
"A circulação de informações já é insuficiente, e há alguns países que são contrários à divulgação desses dados", diz Wachenheim. Segundo as normas da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), cada país é responsável pela vistoria de suas companhias áreas. Uma norma da União Européia que começará a valer a partir de fevereiro de 2006 obrigará os países a coordenarem melhor a troca de informação.
Atualmente, para cada 1 milhão de aterrissagens ou decolagens, há 1,5 incidente. Caso essa média persista, e a previsão da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo) de crescimento anual de 6% no número de passageiros se confirme, especialistas dizem que haverá um acidente por semana. Neste mês, 330 pessoas morreram em desastres aéreos. O mês em que houve mais mortes foi maio de 2002: 485.
Na entrevista, ele reclama que não são divulgados os países reprovados na auditoria de segurança feita pela OACI. "Por que a lista não é publicada? As auditorias mostram a fragilidade de países europeus como a Hungria e o Chipre. É uma decisão política."


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