São Paulo, terça-feira, 25 de agosto de 2009

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Relatório traz extensa lista de violações

DE WASHINGTON

Apenas a leitura do índice do relatório preparado pela CIA sobre as acusações de excessos cometidos por membros da agência de inteligência norte-americana entre 2001 e 2003 já dá frio na espinha. "Pistola de mão e furadeira elétrica", começa o item intitulado "Técnicas específicas não autorizadas ou não documentadas".
"Ameaças." "Fumaça." "Posições estressantes." "Vassoura e algemas." "Técnica de waterboarding." "Execuções simuladas." "Uso de frio." São autoexplicativos do que sofreram pelo menos 11 detentos que estavam sob a guarda dos EUA.
São 159 páginas, cujo teor não integral foi divulgado ontem por ação da American Civil Liberties Union (ACLU), principal entidade de direitos civis dos EUA.
O relatório foi preparado pela própria CIA em 7 de maio de 2004 e abrange atividades de setembro de 2001 a outubro de 2003. Era o auge da "guerra ao terror" declarada por George W. Bush após o ataque ao World Trade Center, em que medidas de exceção no tratamento de suspeitos de terrorismo ganharam o amparo jurídico da Casa Branca.
Além dos abusos, o informe revela que, num interrogatório de Khalid Sheikh Mohammed, mentor dos atentados de 11 de Setembro, a CIA ameaçou matar seus filhos caso novos atentados acontecessem nos EUA. (SD)


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