DA REDAÇÃO

Ao testarem dispositivos antiterrorismo no transporte aéreo civil norte-americano, funcionários dissimulados do Departamento de Segurança Interna conseguiram embarcar em 15 aeroportos com armas e explosivos, segundo relatório do órgão enviado quarta-feira ao Congresso.
A informação, publicada pelo jornal "USA Today", refere-se a testes feitos sigilosamente no segundo semestre de 2003. Eles demonstraram deficiência na detecção de explosivos semelhantes aos que as autoridades russas dizem ter sido responsáveis pelos atentados que em agosto derrubaram dois aviões Tupolev.
O deputado John Mica, presidente da Comissão de Aviação, confirmou ao jornal a existência do relatório e disse que a identificação de armas em bagagens era "muito ruim", mas que, em se tratando de explosivos, a detecção era "péssima" e ineficiente.
Relatório anterior disse que agentes disfarçados conseguiam embarcar com revólveres, punhais e instrumentos de corte em malas submetidas a raio-X.
Os equipamentos nos aeroportos tornaram-se mais sofisticados depois do 11 de Setembro, mas não há detectores de explosivos transportados em bagagens de mão. Segundo o "USA Today", cinco aeroportos estão testando detectores de explosivos.