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Exército nega participação americana
DA REDAÇÃO
As Forças Armadas e outras autoridades paraguaias negam a
participação extensiva dos EUA
na formação das tropas do país.
Dizem que esta ocorre em academias militares paraguaias e que
alguns oficiais são enviados para
Brasil e Argentina para treinamento, como na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman),
no Rio de Janeiro.
Segundo o Exército, nenhum de
seus oficiais atuais é egresso, por
exemplo, da Academia Militar de
West Point, nos EUA.
As autoridades paraguaias negam também qualquer ingerência
exterior na política de defesa do
Paraguai, apesar de admitir que
parte da doutrina do país em
questões de antiterrorismo e antinarcóticos chega por mãos americanas.
"O soldado americano, que tem
maior experiência que nós, nos
ensina a doutrina", afirmou o coronel Elio Flores, porta-voz do
Comando das Forças Armadas do
Paraguai.
"Mas isso não afeta em absoluto
nossa política de segurança e de
defesa", disse ele.
"Não temos orçamento para pagar esse tipo de treinamento. Os
EUA têm a tecnologia, têm a doutrina, e nós optamos pela capacitação de nosso pessoal aprender
suas diferentes experiências. Mas
o compromisso é o mesmo dos
treinamentos que temos com a
Argentina e o Brasil", afirmou o
coronel.
"São simples acordos de cooperação em matéria técnica na luta
contra o narcotráfico e o terrorismo", concordou o ex-chanceler
paraguaio Miguel Sanguier, senador pelo Partido Liberal. "Não
significam nenhum compromisso com a política dos EUA. Não há
uma política de defesa que os
EUA nos ditem."
(CV)
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