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BNDES já desembolsou
R$ 243 mihões
DA SUCURSAL DO RIO
O BNDES não quis comentar a ameaça do presidente
equatoriano de não pagar o
dinheiro obtido para a construção da hidrelétrica de San
Francisco, mas informou
que os US$ 243 milhões já foram desembolsados.
O empréstimo do banco
público brasileiro foi concedido ao governo do Equador
por meio de uma empresa
criada para a obra. Mas o dinheiro foi entregue à Odebrecht, por se tratar de um
contrato de financiamento
para exportação de bens.
Funciona assim: uma empresa brasileira se candidata
a obra no exterior. Escolhida,
tem a possibilidade de pleitear financiamento do
BNDES. O dinheiro tem destinação certa: a obra. Mas o
empréstimo é concedido ao
governo estrangeiro. A modalidade é usada por empresas brasileiras interessadas
em obras de infra-estrutura
nos países vizinhos.
É um mercado em que a
Odebrecht se lançou com
vontade nos últimos 20 anos.
No ano passado, mais de 80%
das receitas da empresa vieram do exterior: R$ 6 bilhões. A Odebrecht atua em
13 países da América Latina,
da Argentina ao México.
O desentendimento com o
presidente equatoriano é exceção: na Venezuela, por
exemplo, Emílio Odebrecht
-herdeiro do grupo que leva
seu nome- é chamado de
"amigo" por Hugo Chávez.
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