São Paulo, quinta-feira, 25 de setembro de 2008

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BNDES já desembolsou R$ 243 mihões

DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES não quis comentar a ameaça do presidente equatoriano de não pagar o dinheiro obtido para a construção da hidrelétrica de San Francisco, mas informou que os US$ 243 milhões já foram desembolsados.
O empréstimo do banco público brasileiro foi concedido ao governo do Equador por meio de uma empresa criada para a obra. Mas o dinheiro foi entregue à Odebrecht, por se tratar de um contrato de financiamento para exportação de bens.
Funciona assim: uma empresa brasileira se candidata a obra no exterior. Escolhida, tem a possibilidade de pleitear financiamento do BNDES. O dinheiro tem destinação certa: a obra. Mas o empréstimo é concedido ao governo estrangeiro. A modalidade é usada por empresas brasileiras interessadas em obras de infra-estrutura nos países vizinhos.
É um mercado em que a Odebrecht se lançou com vontade nos últimos 20 anos. No ano passado, mais de 80% das receitas da empresa vieram do exterior: R$ 6 bilhões. A Odebrecht atua em 13 países da América Latina, da Argentina ao México.
O desentendimento com o presidente equatoriano é exceção: na Venezuela, por exemplo, Emílio Odebrecht -herdeiro do grupo que leva seu nome- é chamado de "amigo" por Hugo Chávez.


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