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Guerrilha na Colômbia suspende
ações durante as festividades
da Redação
Nunca houve, depois da Primeira Guerra, uma trégua de dimensões tão inacreditáveis como
aquela do Natal de 1914. Mas alguns episódios, como o que ocorre este ano na Colômbia, mostram que ainda há entre os combatentes a tentação de parar o
morticínio para celebrar as festas
de final de ano.
A guerrilha marxista Farc (Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia) anunciou esta semana
uma trégua de Natal e Ano Novo,
até o dia 10 de janeiro, no seu sangrento conflito contra o Exército.
A decisão foi tomada após sugestão do presidente Andrés Pastrana, que vem buscando desde
sua posse, em 98, uma solução negociada para o conflito que já deixou 35 mil mortos nos últimos
dez anos.
Para estimular o cessar-fogo, o
Exército colombiano preparou
uma ofensiva de relações públicas
natalinas: enviou cerca de 100 mil
cartões de natal aos guerrilheiros
e seus familiares.
Neles, além da tradicional saudação de "Feliz Natal e próspero
Ano Novo", os militares tentam
convencer os rebeldes a desertar.
Mas antes mesmo de chegar o
Natal, na quinta-feira, o comando
do Exército colombiano já acusava as Farc de terem sequestrado e
matado dois jovens soldados,
desrespeitando a trégua.
Na Tchetchênia, mais sangrento conflito em andamento neste
final de ano, a Rússia não apenas
descartou a adoção de um cessar-fogo natalino como vinha fazendo planos ao longo da semana de
tomar a capital da Província separatista, Grozni, justamente durante o Natal.
Outro conflitos no mundo, como os que ocorrem no sul do Líbano, Congo (ex-Zaire) ou Angola tampouco devem ter sua carga
aliviada em razão das comemorações do Natal e da virada do ano
2000.
(MS)
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