DA REUTERS

Howard Dean trouxe sua "arma secreta". Joseph Lieberman espera "pegar carona" com a sua e John Kerry acha que tem um puxador de votos.
As mulheres dos pré-candidatos estavam na linha de frente da campanha ontem, quando vários dos democratas que disputam o direito de desafiar o presidente George W. Bush exibiam aquelas que poderão ser a próxima primeira-dama dos Estados Unidos.
Dean, o ex-governador de Vermont, fazia campanha em Manchester e em Hanover (New Hampshire) com sua politicamente tímida mulher, Judy. Dispensou os usuais ataques a Bush para concentrar-se em questões femininas como educação, aborto e abuso de crianças.
Em sua segunda aparição desde que o marido anunciou formalmente sua candidatura, Judy Dean leu sua pequena fala em um computador laptop colocado sobre o pódio.
Judy Dean, como seu marido, é médica. Ela tem evitado participar da campanha para seguir atendendo seus pacientes e para cuidar dos dois filhos do casal, Paul, que cursa o ensino médio, e Anne, que já está na Universidade Yale.
Dean tem dito que não "exibiria" sua família por aí como uma peça publicitária, apesar de tê-lo feito em Iowa no dia anterior ao caucus.
Numa universidade no sul de New Hampshire, dois dias antes das primárias, para um público de mulheres, enquanto Judy subia ao palco, Dean a apresentava como "uma convidada especial, a arma secreta".
Depois de um decepcionante terceiro lugar em Iowa, atrás de Kerry, senador por Massachusetts, e do senador John Edwards, da Carolina do Norte, Dean tenta recuperar-se em New Hampshire, onde outrora ocupava a liderança isolada.
"Deixe-me agradecer Judy. Eu realmente gostei de ela ter descido até New Hampshire", disse. "Essa é uma corrida muito disputada... que está se tornando pior a cada dia". "Podemos dispensar os ataques a Bush", disse Dean. "Eu adoraria, é claro, desmascarar o presidente -pelo que já me tornei famoso-, mas a verdade é que questões que concernem a mulheres não costumam ser muito discutidas em campanhas eleitorais.
Enquanto os Deans cortejavam o voto feminino em New Hampshire, Lieberman mostrava sua mulher, Hadassah, no programa "This Week" da rede de TV ABC.
No noticiário "Fox News Sunday", John Kerry exaltava a graça com que sua mulher, a herdeira do ketchup e filantropa Teresa Heinz, concordou em tomar um empréstimo de US$ 6,5 milhões em Boston para financiar a campanha.



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