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Colômbia reforçará fronteira com Equador
Medida sucede em menos de uma semana anúncio por Quito de restrições para entrada de colombianos
DA REDAÇÃO
O presidente da Colômbia,
Álvaro Uribe, confirmou ontem o envio de 27 mil militares,
além de veículos de combate e
monitoramento fluvial, para
reforçar o controle dos 640 km
de fronteira com o Equador . A
medida será acompanhada da
criação de um comando unificado do sul, disse Uribe, para
"avançar na recuperação da ordem pública" na região.
A medida sucede em menos
de uma semana o anúncio de
seu homólogo equatoriano, Rafael Correa, de que Quito voltará a exigir certificação do histórico judicial de colombianos
que quiserem entrar no Equador. A Colômbia reagiu acusando o vizinho de agir de maneira
"discriminatória e xenófoba".
Quito rompeu relações diplomáticas com Bogotá em
março do ano passado, após a
Colômbia realizar um bombardeio aéreo -seguido por incursão terrestre- a um acampamento das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em território equatoriano.
A ação deixou mais de 20 mortos, entre os quais o número
dois da guerrilha, Raúl Reyes.
Anteontem, quando adiantou à imprensa o teor das novas
medidas de reforço militar na
fronteira sudoeste, o ministro
da Defesa da Colômbia, Juan
Manuel Santos, disse que "cada
vez estamos reforçando mais e
mais o controle sobre uma
fronteira que é bem difícil".
Santos não fez menções às
novas restrições de Quito ao ingresso de colombianos no país,
mas exortou a uma melhor cooperação com o outro lado da
fronteira que estabelecesse
uma "comunicação fluida" entre as forças armadas vizinhas.
Também anteontem, em seu
programa semanal de rádio e
televisão, Correa justificou as
medidas anunciadas na terça-feira da semana passada alegando "descuido" de Bogotá
com a fronteira. Segundo ele, o
ingresso de colombianos pela
região contribui para o aumento dos delitos no Equador.
A exigência de certificado de
antecedentes para a entrada de
pessoas no Equador fora extinta em meados de 2008, no marco da política de portas abertas
a estrangeiros promovida pelo
presidente equatoriano.
Para Correa, "não há nada
mais distante da verdade" do
que as acusações do chanceler
da Colômbia, Jaime Bermúdez,
de que o restabelecimento das
medidas para colombianos é
"discriminatório, estigmatizante e talvez até xenófobo".
Com agências internacionais
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