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GENOCÍDIO
Doenças do réu e do juiz põem fim a dois anos de testemunhas de acusação
Julgamento de Milosevic é abreviado
DA REDAÇÃO
Por motivos de saúde do principal juiz e do próprio réu, a Promotoria do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia, em
Haia (Holanda), criado pela
ONU, decidiu abreviar seus procedimentos no julgamento do ex-ditador Slobodan Milosevic, 62.
Ele foi preso em Belgrado e extraditado para ser julgado por genocídio e crimes de guerra e contra a humanidade. O juiz britânico Richard May, 65, alegou motivos de saúde para deixar o caso,
em 31 de maio. Ele preside as sessões desde fevereiro de 2002.
O ex-ditador tem forçado o
adiamento ou a suspensão de audiências em razão de sucessivas
crises de hipertensão arterial.
O tribunal já se reuniu 295 vezes
e ouviu 290 testemunhas.
Milosevic dispensou advogados
e tem assegurado pessoalmente
sua defesa. Com o final do período reservado à Promotoria, ele terá um tempo semelhante para se
defender. O substituto de May será indicado pelo secretário-geral
da ONU, Kofi Annan. O processo
já reúne 30 mil páginas e outras
600 mil de documentos anexados.
O tribunal não tem júri. O juiz
que preside o julgamento é assessorado por dois outros magistrados, Patrick Robinson, da Jamaica, e Gon Knon, da Coréia do Sul.
Dificilmente, o veredicto será
conhecido antes do final de 2005.
Trata-se do mais importante julgamento desde que, após a Segunda Guerra Mundial, sobreviventes da hierarquia nazista foram julgados em Nuremberg.
Com agências internacionais
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