São Paulo, domingo, 26 de março de 2006 |
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NÚMEROS DA TRAGÉDIA Mais de 4.000 africanos partiram para as Canárias neste ano, quase o mesmo número que em todo ano passado Estima-se que 40% dos que embarcam morram em naufrágios. Oficialmente, 1.200 morreram apenas nos últimos cinco meses. Entre 50 e 70 pessoas se amontoam em barcos de 15 metros de comprimento, feitos de madeira ou fibra de vidro, chamados "cayucos". A viagem pode durar até cinco dias para percorrer um trajeto de 800 quilômetros, saindo dos portos de Nuadibú e Nuakchott, na Mauritânia As máfias que operam as travessias cobram de US$ 1.000 a US$ 1.200 de cada passageiro, o mesmo valor de uma passagem aérea de São Paulo a Madri. A maioria contrai dívidas e compromete o futuro salário dos primeiros meses na Espanha para saldá-las A mais nova rota até as Canárias, saindo do Senegal, atravessa 1.700 quilômetros, quase o mesmo que uma viagem de barco de Santos a Salvador A expectativa de vida na Mauritânia e no Mali é de 50 anos de idade. Na Espanha, de 79 anos A renda per capita da Mauritânia é de US$ 2.000 . A do Mali, de US$ 1.000. Na Espanha, é de US$ 26.000 A Espanha possui 3 milhões de imigrantes legalizados e 1 milhão de ilegais Africanos que chegam às Ilhas Canárias (por mês) 1999 - 70 2003 - 300 2005 - 392 2006 - 1.600 Texto Anterior: Estranhos no paraíso: Africanos morrem atrás do sonho europeu Próximo Texto: Imigrantes vivem limbo jurídico Índice |
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