PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem em sua carteira pedidos de empréstimos no valor R$ 532,9 milhões em projetos no Equador, mas nenhum financiamento ainda foi liberado. A maior parte das consultas são para obras de infra-estrutura.
De todos os projetos, o que está mais perto de se concretizar é o empréstimo de R$ 50 milhões destinado à construção do aeroporto de Tena, 140 km de Quito. Mas, por causa da instabilidade política no Equador, o BNDES resolveu retardar a assinatura do contrato do financiamento.
Mesmo depois de aprovado, os recursos só são liberados após a fase de contratação. O BNDES diz que irá esperar a situação política no Equador se normalizar antes de oficializar o empréstimo. O banco aprovou a documentação do projeto há duas semanas.
Todos os financiamentos do BNDES ao Equador são no âmbito do programa de apoio às exportações de bens e serviços de empresas brasileiras. O banco brasileiro financia obras de infra-estrutura do governo equatoriano, que contrata (direta ou indiretamente) companhias brasileiras.
Os empréstimos aprovados têm obrigatoriamente de contar com a cobertura do CCR (Convênio de Crédito Recíproco), mecanismo pelo qual o risco de inadimplência fica com o Banco Central do Equador, que garante o retorno do empréstimo ao BNDES.
No caso do aeroporto, a obra e as exportações de bens e serviços estão a cargo da construtora Odebrecht. O valor total do projeto está orçado em US$ 70 milhões -o BNDES financiará mais de 70%.


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