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IRÃ NA MIRA
Suspeita de ligação iraniana com atentado em Riad agravou crise
EUA suspendem contatos com Teerã
DA REDAÇÃO
A suspeita de que uma célula
iraniana do grupo terrorista Al
Qaeda tenha participado dos
atentados do último dia 12 em
Riad teria levado o governo americano a romper qualquer contato
com Teerã. A Chancelaria iraniana negou as acusações, dizendo
ter prendido mais de 500 supostos
membros da rede em 2002 e afirmando que "combate a Al Qaeda
antes dos EUA combatê-la".
Segundo reportagem publicada
ontem pelo "Washington Post",
além do rompimento total entre
os países, o Pentágono também
estaria preparando uma campanha para desestabilizar o governo
iraniano. O "Post" cita "fontes no
governo", sem identificá-las. A
Casa Branca não comentou.
O chanceler iraniano, Kamal
Kharrazi, rechaçou as acusações
ontem, afirmando que a Al Qaeda
-responsável pelos atentados de
11 de setembro de 2001 contra os
EUA- é uma "organização perigosa" a qual seu país combate e
seguirá combatendo. Segundo
ele, o Irã prendeu e deportou, no
ano passado, cerca de 500 membros da Al Qaeda que teriam entrado no país pelo Afeganistão, o
Paquistão e o Iraque.
"Não há como os iranianos
apoiarem a Al Qaeda, porque lutamos contra ela muito antes dos
americanos", disse Kharrazi.
Embora Washington e Teerã tenham rompido laços diplomáticos após a Revolução Islâmica de
1979, autoridades dos dois países
se reuniram várias vezes nos últimos meses para discutir as questões do Afeganistão e do Iraque.
Segundo o "Post", representantes do Departamento de Estado
americano e do Pentágono devem
se reunir amanhã para discutir a
estratégia sobre o Irã. O Pentágono apoiaria medidas para alimentar uma revolta popular que culminaria com a deposição do governo de Mohammad Khatami.
O jornal afirma que a posição foi
alimentada -e ganhou adeptos
no Departamento de Estado, mais
moderado- pelo fato de ter havido "interceptações [de comunicações] problemáticas antes e depois dos atentados em Riad, dando conta de que os ataques teriam
sido planejados por uma célula da
Al Qaeda no Irã.
Os atentados, contra condomínios habitados majoritariamente
por ocidentais, mataram 34 pessoas, incluindo nove terroristas.
Com agências internacionais
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