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Pentágono diz que China é "ameaça" a programa espacial
Documento enviado ao Congresso evoca o teste de janeiro, em que um míssil destruiu um satélite chinês já desativado
Coréia do Norte fez disparos
ontem de mísseis, mas EUA
e Japão minimizaram valor
do teste e descartaram uma
ligação com projeto nuclear
DA REDAÇÃO
Em seu relatório anual, enviado ontem ao Congresso, o
Pentágono afirma que a China
está incrementando a capacitação para lançar ofensivas contra países limítrofes e que ela
também representa uma
"ameaça" aos países com programas espaciais, por ter conseguido destruir, em janeiro,
um de seus satélites desativados de telecomunicações.
"O teste representa uma
ameaça aos satélites já em órbita e aos vôos tripulados, já que
criou uma quantidade imensa
de dejetos espaciais", diz o documento americano.
A posição que o relatório exprime é bem mais analítica e
não procura polemizar com Pequim. Segundo o Pentágono, os
chineses estão aparentemente
se preparando para ataques
preventivos, lançados quando
um país se sente ameaçado. São
indícios disso a construção de
submarinos capazes de permanecer por longo período mergulhados, a compra de aeronaves não-tripuladas e mísseis ar-terra de alta precisão.
A China, dizem os especialistas americanos de defesa, procura a longo prazo simular que
não apresenta novidades na
área militar, mas ao mesmo
tempo, numa estratégia de longo prazo, maximiza suas opções. Peter Rodman, ex-estrategista do Pentágono para
questões asiáticas, afirmou ontem que os chineses não pretendem interferir no equilíbrio
mundial de forças, mas estão
pensando muito mais no peso
que poderão ter no futuro.
Os Estados Unidos ainda
acreditam que, como perigo
imediato, os chineses enxergam tensões com Taiwan.
Coréia do Norte
A Coréia do Norte lançou ontem uma série de mísseis de
curto alcance, mas os Estados
Unidos e o Japão não acreditam que a iniciativa tenha alguma relação com os planos atribuídos ao regime de Pyongyang
de equipar mísseis de longo alcance com ogivas nucleares.
"Aparentemente foi um
exercício de rotina", afirmou
Gordon Johndroe, porta-voz
da Casa Branca para questões
de segurança nacional.
Por sua vez, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse não considerar que os testes
representem "algo grave para a
segurança" de seu país.
A Coréia do Sul, que monitora as atividades militares de seu
vizinho do norte, disse por
meio de seu Serviço Nacional
de Inteligência que se tratava
de "um exercício anual".
Esse conjunto de reações
contrasta com o que ocorreu
em julho do ano passado, quando Pyongyang lançou mísseis
de longo alcance -sem que se
saiba até hoje o quanto eles são
capazes de voar-, que em tese
poderiam um dia atingir a Europa ou até mesmo o Estado
americano do Alasca.
Com agências internacionais
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