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Clérigo xiita ressurge e pede união a iraquianos
Bush promulga lei que destina US$ 100 bi à guerra
DA REDAÇÃO
O clérigo radical xiita iraquiano Moqtada al Sadr reapareceu ontem em uma mesquita,
na cidade sagrada de Kufa (sul),
e fez um sermão pedindo que a
milícia por ele liderada pare de
atacar soldados iraquianos. Popular entra os xiitas mais pobres, Al Sadr, que estava sumido desde fevereiro, é o líder do
Exército Mahdi, grupo que tem
atacado tanto forças iraquianas
quanto americanas no país.
No sermão de ontem, em que
instou os iraquianos a se unirem contra as forças de ocupação, Al Sadr chamou EUA, Reino Unido e Israel de "trio do
mal". "Esse é um ponto importante", disse o clérigo à platéia
que o ovacionou na mesquita:
"até onde sabemos, a ocupação
está por trás disso [confrontos
entre iraquianos de seu Exército Mahdi e das forças de segurança do governo], criando
uma desculpa para permanecer
no nosso amado Iraque. Então
não lhes dêem essa desculpa".
Al Sadr também se dirigiu
aos muçulmanos sunitas, que,
embora minoria, mandavam
no país sob Saddam Hussein
(1979-2003) e hoje se confrontam com xiitas, numa luta sectária que se soma às hostilidades contra a ocupação.
"É a ocupação que que veio
até nós e nos dividiu [a xiitas e
sunitas] a fim de enfraquecer o
povo iraquiano", disse o clérigo.
Os EUA acreditam que Moqtada al Sadr refugiou-se no Irã
quando o presidente dos EUA,
George W. Bush, anunciou a
ampliação do contingente americano em Bagdá para suprimir
focos de violência sectária
-iniciativa que se mostrou inócua. O governo do Irã nega ter
dado abrigo ao clérigo.
O Exército Mahdi sofreu importante baixa ontem, segundo
o Reino Unido. Os militares
britânicos disseram ter matado, em Basra, o líder local da
milícia, Wissam Abdul Qader.
US$ 100 bi para a guerra
Na noite de ontem, o presidente Bush promulgou a lei que
destina uma verba de emergência de US$100 bilhões às tropas
americanas que combatem no
Iraque.
A assinatura do presidente
pôs fim a quatro meses de queda-de-braço política entre a
Casa Branca e a oposição democrata que controla o Congresso. A versão da lei proposta
pelos democratas, vetada por
Bush, incluía uma data para o
início da retirada americana.
Com agências internacionais
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