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ANÁLISE
Comunidade internacional tem poucas opções de resposta
CHRISTIAN OLIVER
DO "FINANCIAL TIMES", EM SEUL
No complexo de guerra do
presidente sul-coreano em 26
de março, funcionários do
governo consideravam que a
guerra era iminente.
Estavam diante do mais
sangrento ataque norte-coreano desde 1987.
Mas, nos dois últimos meses, o debate em Seul se viu
reduzido a discussões sobre
o corte das pequenas somas
em financiamento de projetos que continuam a ser destinadas à Coreia do Norte.
Embora Seul prometa
"resposta inflexível" com
apoio de Japão e EUA, a comunidade internacional dispõe de pouco com que assustar Kim Jong-il.
"Estamos em uma situação em que não existem boas
opções políticas", diz Daniel
Pinkston, especialista em assuntos norte-coreanos no International Crisis Group.
Seul está facilmente ao alcance da artilharia vizinha, o
que torna impraticável uma
represália militar.
A resposta poderia envolver a adoção de regras mais
firmes de reação para as escaramuças intermitentes entre os dois países, o que poderia conduzir a uma escalada incontrolável do conflito.
A Coreia do Sul quer levar
a Coreia do Norte ao Conselho de Segurança da ONU,
mas Pyongyang já vive sob
pesadas sanções devido ao
seu arsenal nuclear.
A China tradicionalmente
adota abordagem branda
quanto à imposição dessas
sanções, temendo que um
colapso na Coreia do Norte
gere muitos refugiados e fomente instabilidade nas Forças Armadas do vizinho, que
têm um milhão de soldados.
Frustrado pela continuada
intransigência chinesa, Yukio Hatoyama, premiê japonês, apelou -em vão- por
uma conduta mais severa.
Seul não tem muitos recursos para aplicar pressão por
conta própria -já cortou a
maior parte da assistência
destinada ao norte.
As doações da ONU à Coreia do Norte praticamente
zeraram, já que as verbas do
Programa Alimentar Mundial devem se esgotar no final do mês que vem.
E, embora Washington dê
respaldo, sua maior preocupação são as ambições atômicas de Pyongyang.
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