São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 2011

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Em busca de apoio, regime sírio reduz preço do diesel

Agência estatal diz que o desconto de 25% responde a demanda do povo

Há questionamentos sobre a capacidade do regime de arcar com o aumento de quase R$ 1 bilhão no gasto público
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O regime sírio anunciou ontem um corte de 25% no preço do diesel, medida populista que visa acalmar a revolta popular oposicionista no país.
A repressão síria às manifestações deixou mais de mil mortos em dois meses, segundo ativistas. O ditador Bashar Assad prometeu realizar reformas democráticas, mas tem apenas recorrido a ações violentas.
Com o novo corte, a Síria aumenta de R$ 5,1 bilhões para R$ 6 bilhões os seus subsídios a combustíveis.
A agência de notícias estatal síria diz ser uma "resposta às exigências dos cidadãos, além de considerações econômicas e sociais". Antes da revolta, contudo, a Síria tentava reduzir os subsídios.
Assad disse ontem que planeja aumentar o deficit orçamentário para financiar os gastos. Mas a reserva de R$ 29 bilhões em moeda estrangeira pode não suportar um ano de deficit em alta.
O líder do Hizbollah, xeque Hassan Nasrallah, disse ontem apoiar firmemente seus aliados na Síria.
Nasrallah, cujo grupo recebe dinheiro dos sírios, disse que a queda de Assad serviria apenas aos interesses dos EUA e de Israel.
Já Reino Unido, França, Alemanha e Portugal enviaram um rascunho de uma resolução contra a violência na Síria para os países-membros do Conselho de Segurança da ONU, de acordo com diplomatas citados pela agência de notícias Associated Press.
O documento deve ser discutido amanhã pelos países. Os EUA apoiam a medida, mas Rússia e China, que têm poder de veto, se opõem.

Com o "Financial Times"


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