São Paulo, terça, 26 de agosto de 1997.



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AMÉRICA
Requisição é feita em reunião de signatários de acordo antiarmas
Cuba exige investigação formal contra EUA por guerra biológica

das agências internacionais

O governo cubano exigiu formalmente uma investigação sobre acusações, feitas pelo próprio país, de que os EUA estão realizando uma guerra biológica contra a ilha.
Segundo a exigência, feita em Genebra (Suíça) durante reunião dos signatários da Convenção de Proibição de Armas Biológicas, os norte-americanos lançaram sobre território cubano um inseto destruidor de colheitas.
Os EUA rechaçaram as acusações. Segundo o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, James Rubin, as denúncias de Cuba são "ridículas" e "não merecem ser levadas a sério".
Em outubro do ano passado, pilotos de um avião cubano disseram ter avistado um aparelho de matrícula norte-americana lançando "fumaça" sobre a parte ocidental da ilha.
Em maio deste ano, o governo do presidente Fidel Castro fez as primeiras acusações contra os EUA, depois da aparição do inseto Thrips palmi, que ataca praticamente todas as colheitas.
Segundo o governo dos EUA, o avião estava indo em direção à Colômbia, tinha permissão para sobrevoar Cuba e estava lançando um sinal de fumaça para se certificar de que havia sido visto pelos pilotos cubanos.
Os diplomatas presentes à reunião de ontem concordaram em tratar do assunto em audiência marcada para amanhã.
O tratado de armas biológicas, assinado por 138 países, não prevê qualquer mecanismo de verificação, e os especialistas duvidam que as investigações consigam resultados concretos -os vestígios do suposto crime já foram apagados pelo tempo.



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