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Documento no WikiLeaks diz
que EUA "exportam" terrorismo
Texto da CIA cita ações planejadas por americanos no exterior
CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
O site WikiLeaks divulgou
ontem um documento secreto da CIA (inteligência americana) que analisa possíveis
consequências de os EUA serem vistos como um país "exportador de terroristas".
O texto, com três páginas,
diz que, "ao contrário do senso comum, a exportação
americana de terrorismo ou
terroristas não é um fenômeno recente nem está associada somente a radicais islâmicos ou a pessoas com origem
no Oriente Médio, na África
ou no sul da Ásia".
A CIA cita exemplos de
atos planejados por terroristas nascidos nos EUA e enfatiza que a Al Qaeda pode estar à procura de "americanos
para operar fora do país".
"A Al Qaeda e outros extremistas provavelmente perceberam que o governo americano está mais preocupado
em evitar ataques nos EUA
do que com os americanos
viajando para atacar outros
países", diz o documento,
que data de 5 de fevereiro.
A conclusão é que, "se os
EUA forem vistos como exportadores de terror", parceiros podem perder a disposição em colaborar com o país.
A CIA reconheceu a autenticidade do documento, mas
minimizou sua importância,
dizendo que textos do tipo
servem "para apresentar diferentes pontos de vista".
Em julho, o WikiLeaks já
havia causado polêmica ao
divulgar mais de 75 mil documentos com segredos de
guerra do Afeganistão.
Ontem, a Promotoria da
Suécia suspendeu acusações
de estupro e abuso sexual
contra o australiano Julian
Assange, fundador do WikiLeaks. Ele ainda será investigado pela suspeita de molestar uma mulher -o que, segundo as leis suecas, não
configura crime sexual. Assange nega as acusações.
Veja mais sobre o relatório
do WikiLeaks
folha.com.br/102375
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