São Paulo, quinta-feira, 26 de agosto de 2010

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Documento no WikiLeaks diz que EUA "exportam" terrorismo

Texto da CIA cita ações planejadas por americanos no exterior

CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK

O site WikiLeaks divulgou ontem um documento secreto da CIA (inteligência americana) que analisa possíveis consequências de os EUA serem vistos como um país "exportador de terroristas". O texto, com três páginas, diz que, "ao contrário do senso comum, a exportação americana de terrorismo ou terroristas não é um fenômeno recente nem está associada somente a radicais islâmicos ou a pessoas com origem no Oriente Médio, na África ou no sul da Ásia".
A CIA cita exemplos de atos planejados por terroristas nascidos nos EUA e enfatiza que a Al Qaeda pode estar à procura de "americanos para operar fora do país". "A Al Qaeda e outros extremistas provavelmente perceberam que o governo americano está mais preocupado em evitar ataques nos EUA do que com os americanos viajando para atacar outros países", diz o documento, que data de 5 de fevereiro.
A conclusão é que, "se os EUA forem vistos como exportadores de terror", parceiros podem perder a disposição em colaborar com o país. A CIA reconheceu a autenticidade do documento, mas minimizou sua importância, dizendo que textos do tipo servem "para apresentar diferentes pontos de vista".
Em julho, o WikiLeaks já havia causado polêmica ao divulgar mais de 75 mil documentos com segredos de guerra do Afeganistão.
Ontem, a Promotoria da Suécia suspendeu acusações de estupro e abuso sexual contra o australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks. Ele ainda será investigado pela suspeita de molestar uma mulher -o que, segundo as leis suecas, não configura crime sexual. Assange nega as acusações.

Veja mais sobre o relatório do WikiLeaks

folha.com.br/102375


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