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IRÃ NA MIRA
Descoberta preocupa comunidade internacional; EUA dizem que prazo da ONU é "a última chance" de Teerã
Agência acha mais traços de urânio enriquecido no Irã
DA REDAÇÃO
Especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica
(AIEA) encontraram vestígios de
urânio enriquecido numa usina
iraniana, segundo disseram ontem diplomatas. A informação fez
com que aumentassem as preocupações internacionais com a natureza das atividades nucleares do
Irã. O urânio enriquecido pode
ser usado em armas nucleares.
Diplomatas que trabalham na
AIEA disseram que uma ínfima
quantidade de urânio enriquecido fora encontrada na Companhia Elétrica Kalay-e, a oeste de
Teerã. Anteriormente, o governo
iraniano declarara que não havia
atividades nucleares no local.
A Casa Branca criticou o governo iraniano, dizendo que ele busca "esconder a natureza e o propósito de suas atividades nucleares". Washington exigiu que Teerã respeite o que solicita a ONU,
que quer que o Irã revele a real intenção de seu programa nuclear.
"O Irã tem a última chance de
respeitar as exigências da ONU,
Se não o fizer, penso que o país
deverá ser acusado formalmente
no Conselho de Segurança da
ONU", disse Scott McClellan,
porta-voz da Casa Branca. O Conselho de Segurança poderia, então, adotar sanções contra o Irã.
"É muito importante para o
mundo se mostrar unido e deixar
claro ao Irã que haverá condenação universal se continuar com
um programa de armas nucleares", disse o presidente dos EUA,
George W. Bush. "As pessoas [líderes mundiais com quem conversou] entenderam o perigo."
No início do mês, a AIEA fixou
31 de outubro como limite para o
Irã provar que seu programa nuclear não tem fins bélicos.
No primeiro semestre, inspetores da AIEA (que faz parte do sistema da ONU) encontraram partículas de urânio enriquecido na
usina de Natanz. Autoridades iranianas confirmaram ambas as
descobertas, mas disseram que
seu programa tem fins pacíficos.
O Irã argumentou que os vestígios de urânio enriquecido encontrados na Companhia Elétrica
Kalay-e entraram no país porque
estavam em equipamentos que
foram importados para serem
usados na usina. Os EUA e parte
da comunidade internacional
pensam que se trata de mais uma
prova de que Teerã busca desenvolver armas nucleares.
Com agências internacionais
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