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SUCESSÃO NOS EUA/ CAMPOS DE BATALHA
McCain está nas mãos de quatro Estados
Republicano depende dos votos de Ohio e Virgínia, onde Obama lidera, e da Carolina do Norte e da Flórida, onde há empate
Democrata está à frente nas pesquisas de intenção de voto, mas não assegurou vitória no Colégio Eleitoral, que elege o presidente
Chip Somodevilla - 22.out.08/France Presse
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Partidários de McCain em comício do republicano e sua vice, Sarah Palin, em Cincinnati, Ohio; candidato tenta recuperar perdas
SÉRGIO DÁVILA
ENVIADO ESPECIAL A OHIO E VIRGÍNIA
Há algumas semanas, David
Plouffe, coordenador da campanha de Barack Obama, disse
que pesquisas nacionais da corrida presidencial americana
não importavam. Naquele momento, seu candidato estava
em empate técnico com John
McCain. Hoje, Plouffe aponta
orgulhoso que o democrata
abriu mais de 7 pontos percentuais sobre o republicano.
Mas as pesquisas nacionais
continuam não importando.
São um instantâneo do ânimo
popular, e, nelas, a vantagem de
Obama é clara. Só que a eleição
presidencial americana é decidida nos 50 Estados e pela soma dos votos no Colégio Eleitoral que cada um deles dá ao
vencedor nos pleitos locais. E o
fato é que, a dez dias da votação,
nem Obama nem John McCain
têm garantidos os 270 votos
necessários para essa vitória.
No principal site agregador
de pesquisas, o Real Clear Politics, Obama está na frente no
Colégio. Tem 259 votos "sólidos" -ou seja, em que a vantagem do democrata escapa com
folga da margem de erro das
pesquisas- e 47 "pendentes"
-quer dizer, a vantagem do senador democrata pouco sai do
empate técnico. Já seu concorrente tem 137 "sólidos" e 20
"pendentes". Há 75 votos estaduais "empatados".
Quando nomes são dados aos
números, percebe-se que o destino do republicano no dia 4 de
novembro se esconde principalmente em quatro lugares:
Flórida e Carolina do Norte, os
dois Estados mais ricos em votos que ainda são considerados
empatados, e Ohio e Virgínia,
os dois maiores que hoje tendem a Obama e onde o republicano teria de tentar virar o jogo.
Desses, o mais cobiçado é a
Flórida; o mais inconstante,
Ohio; e o mais surpreendente, a
Virgínia. A Folha esteve nos
três, e relata as oscilações de
seus eleitorados nos textos das
próximas páginas.
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