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Militares americanos mantêm quatro iranianos detidos no Iraque
Dois diplomatas, no país a convite do presidente, foram detidos e liberados
DA REDAÇÃO
O Exército norte-americano
no Iraque mantém ao menos
quatro iranianos presos, afirmou ontem um porta-voz da
Casa Branca. De acordo com
militares do Iraque e dos EUA,
eles foram detidos, com outros
iranianos, durante rondas à
procura de suspeitos por ataques realizados contra as Forças Armadas iraquianas.
O porta-voz de Jalal Talabani, presidente do Iraque, disse
que dois dos iranianos detidos
inicialmente pelos EUA eram
diplomatas no país a convite do
governo e que Talabani "está
insatisfeito" com as prisões.
Os diplomatas foram entregues a autoridades iraquianas,
que os liberaram em seguida,
segundo o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança dos
EUA, Gordon Johndroe.
A Chancelaria em Teerã condenou "a detenção ilegal de diplomatas iranianos pelas forças
norte-americanas"."Esta ação
não é compatível com as regras
internacionais e terá conseqüências nefastas", afirmou
um porta-voz do ministério.
As detenções ocorreram enquanto o presidente iraniano,
Mahmoud Ahmadinejad, tenta
aumentar sua influência no
Iraque e na região do Golfo. Autoridades norte-americanas e
iraquianas acusam o Irã, de
maioria xiita, de interferir no
Iraque -onde 60% da população pertence a essa mesma facção islâmica e era reprimida
sob o regime do sunita Saddam
Hussein- e incentivar conflitos sectários no país.
Também ontem, ataques a
bomba em Bagdá deixaram 14
mortos, e sete policiais iraquianos morreram durante uma
operação realizada por militares britânicos para libertar 127
prisioneiros iraquianos em
Basra, sul do país. Segundo o
Exército britânico, informações indicavam que os presos
seriam executados.
De acordo com militares, há
suspeitas de que milícias xiitas
tenham se infiltrado na polícia
de Basra, na tentativa de controlar a cidade, pólo petroleiro.
Após o esvaziamento da delegacia, as tropas explodiram o
local. Muitos dos presos foram
encontrados em uma cela minúscula, com sinais de tortura.
Os britânicos afirmam que em
abril de 2007 devolverão Basra,
a segunda maior cidade do país,
ao controle iraquiano.
Com agências internacionais
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