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Enviado especial dos EUA vai indicar tendência
DA EDITORA DE MUNDO
O enviado especial ao
Oriente Médio a ser indicado por Barack Obama é
alvo de especulações entre
israelenses e palestinos.
Dos cotados, Dennis
Ross, que ocupou o cargo
sob Bill Clinton, e Martin
Indyk, ex-embaixador em
Israel (1995-97 e 2000-01), são considerados mais
simpáticos aos israelenses. Tenderiam a enfatizar
a exigência de garantias de
segurança aos palestinos e
seriam reticentes a pressionar Israel por iniciativas que dividam a opinião
pública do país.
Daniel Kurtzer, ex-embaixador no Egito (1997-2001) e Israel (2001-05) e
assessor, no governo de
Bush pai (1989-93), do secretário de Estado James
Baker, é tido como mais
neutro. No fim dos anos
80, foi um dos formuladores da política que levou ao
reconhecimento, pelos
EUA, da OLP. Na campanha eleitoral americana,
sua presença entre os assessores de Obama provocou críticas da direita.
O nome que mais agradaria aos palestinos é o de
Robert Malley, que de
1997 a 2001 foi assessor de
Clinton para assuntos árabe-israelenses. Ele travou
uma discussão com o ex-premiê de Israel Ehud Barak, nas páginas da "New
York Review of Books",
contestando sua versão de
que Iasser Arafat teria sido
o único responsável pelo
fracasso da cúpula de
Camp David, em 2000.
Filho de um egípcio judeu de esquerda, Malley
chegou a assessorar Obama, mas foi afastado sob
críticas de anti-semitismo.
A nomeação de Hillary
Clinton para o Departamento de Estado não agradou aos palestinos. Já o general Jim Jones, futuro
conselheiro de Segurança
Nacional, é considerado
menos parcial.
(CA)
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