DA REDAÇÃO

A chanceler israelense, Tzipi Livni, advertiu ontem que "a situação [na faixa de Gaza] vai mudar", em resposta ao aumento dos disparos de foguetes do Hamas desde quarta. O premiê interino, Ehud Olmert, disse que não hesitará "em usar a força" contra o grupo islâmico.
As declarações de Livni foram dadas em entrevista coletiva no Cairo (Egito), aonde viajou para reunião com o presidente, Hosni Mubarak, cujo governo mediou o cessar-fogo de seis meses entre Israel e o Hamas, encerrado dia 19.
O grupo islâmico chegou a negar a renovação do acordo, alegando desrespeito dos seus termos pela contraparte, mas depois admitiu rever a decisão.
Para tanto, exige a abertura das passagens ao território -fechadas desde 2007 por razões de segurança- para a entrada de comida e combustível e que Israel não lance uma ofensiva terrestre.
Ontem, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, anunciou que autorizaria a passagem de suprimentos humanitários para Gaza hoje.
Mais cedo, ele havia dito que o Hamas "pagará um alto preço" se continuasse com os disparos. As ameaças, no entanto, são vistas com ceticismo, uma vez que tanto Israel quanto os territórios palestinos terão eleições no começo de 2009 -nas quais Livni e Barak concorrerão.