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TENSÃO ENTRE VIZINHOS
Chile aceita via judicial para apurar caso de espionagem
DA REDAÇÃO
O Chile aceitou nesta semana o pedido do Peru por
colaboração judicial na investigação do caso de espionagem militar que desde o
mês passado abala a relação
entre os países.
Pela primeira vez desde a
divulgação do caso, o governo Michelle Bachelet se
comprometeu com uma solução judicial para o imbróglio, ao remeter ao Ministério Público pedido de informações da Justiça peruana.
O Peru processa por revelação de segredo nacional,
espionagem e lavagem de dinheiro o suboficial da Força
Aérea Peruana Víctor Ariza,
45, que diz ter vendido dados
a militares chilenos desde
2004 em troca de dinheiro.
A reação inicial de Lima foi
dura. O presidente Alan García falou em "ação de republiqueta" e pediu apuração.
Surpreendido em meio a
uma disputada eleição presidencial, o governo Michelle
Bachelet negou a denúncia e
chamou de "ofensiva" a resposta peruana.
A temperatura baixou à
medida que Lima deu sinais
de que não vazara o caso à
imprensa do país. Os embaixadores -retidos para "consultas"- voltaram, e o Peru
encaminhou, na semana passada, um pedido formal de
cooperação judicial, respondido pelo Chile na terça.
O Peru quer que o Chile
identifique, por exemplo,
quem são os dois supostos
oficiais chilenos apontados
como contatos por Ariza.
Enquanto o chanceler peruano, José García Belaúnde,
celebrou a "judicialização"
do caso, seu homólogo chileno, Mariano Fernández, rechaçou o termo e negou que
o Chile esteja reconhecendo
a prática de espionagem.
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