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PALESTINOS
Hamas conclui 1º ano no poder sob violência e mais 14 mortos
DA REDAÇÃO
No dia em que se completava o primeiro ano da chegada ao poder do grupo islâmico Hamas, facções palestinas rivais voltaram a se enfrentar ontem na faixa de
Gaza, em incidentes envolvendo tiros e explosivos que
deixaram pelo menos 14
mortos, incluindo uma
criança de dois anos.
Foi um dos dias mais violentos dos últimos dois meses em Gaza, onde se concentra a disputa de poder entre o
Hamas, que controla o governo, e o Fatah, do presidente Mahmoud Abbas.
No fim da noite, o Hamas
anunciou a decisão de "congelar" a negociação com o
Fatah para a formação de um
governo de união "para condenar os terríveis massacres" cometidos pelo Fatah.
Pouco antes, o Fatah também suspendera o diálogo.
Na cidade suíça de Davos,
onde participava do Fórum
Econômico Mundial, o presidente Abbas afirmou que daria um prazo de três semanas
para as conversas com o Hamas produzirem um governo
de união. Caso contrário, disse Abbas, repetindo uma
promessa já feita em outras
ocasiões, convocaria eleições
antecipadas.
Segundo um hospital de
Gaza, o menino de dois anos
morto ontem estava num
carro atingido por tiros de
milicianos do Fatah, que
pensaram que o veículo era
ocupado pelo grupo rival.
Em outro confronto, milicianos do Hamas cercaram a
casa de um líder do Fatah no
campo de refugiados de Jebalia, dando origem a uma
longa troca de tiros que deixou ao menos três mortos.
Em retaliação, militantes do
Fatah seqüestraram 24
membros do Hamas.
"Os esquadrões da morte
do Hamas estão repetindo o
cenário conhecido", disse
Maher Mekdad, porta-voz
do Fatah. "Parece que esqueceram quem é o inimigo. Esqueceram a ocupação israelense."
Com agências internacionais
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