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Para Rússia, resolução
belicosa é "inaceitável"
DA REDAÇÃO
A Rússia considera "inaceitável" uma resolução da ONU que
abra caminho, automaticamente,
para uma guerra contra o Iraque,
disse ontem o presidente Vladimir Putin após uma reunião com
o chanceler (premiê) alemão,
Gerhard Schröder, em Moscou.
Mas o chefe dos inspetores da
ONU, o sueco Hans Blix, afirmou
que o Iraque ainda não tinha tomado a "decisão fundamental" de
desarmar-se, embora, recentemente, tenha indicado que sua
cooperação com os inspetores da
ONU seria intensificada.
A resolução que poderá abrir
caminho para a guerra começa a
ser debatida hoje no Conselho de
Segurança da ONU, no qual os
planos de guerra dos EUA enfrentam forte resistência de França,
Rússia, China, Alemanha e Síria.
Estas argumentam que uma segunda resolução ainda não é necessária e crêem que os inspetores da ONU devam ter mais tempo
para completar seu trabalho.
Os EUA têm o apoio de Reino
Unido, Espanha e Bulgária no CS.
E exercem pressão sobre os países
que ainda não definiram claramente sua posição -México,
Chile, Angola, Guiné, Camarões e
Paquistão. Este deverá abster-se
por ser aliado dos EUA, mas majoritariamente muçulmano.
O governo mexicano parece começar a ceder à pressão americana. O presidente Vicente Fox teria dito que o interesse-chave do país
é ter boas relações com os EUA.
Para aprovar uma resolução no
CS são necessários 9 dos 15 votos,
contanto que nenhum dos cinco
membros permanentes (EUA,
Reino Unido, China, França e
Rússia) apresente um veto. A estratégia dos EUA parece ser buscar os nove votos e obrigar franceses, chineses ou russos a ter de vetar o projeto e a assumir a responsabilidade pela falta de consenso.
O Canadá concebeu sua proposta de resolução da crise, buscando um meio-termo entre as posições americana e francesa. O
país quer que seja dado um prazo
-até o final de março- para que
Bagdá cumpra uma lista de exigências de desarmamento preparada pelos inspetores da ONU.
Com agências internacionais
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