São Paulo, sábado, 27 de março de 2004

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RELIGIÃO

Escola barra uma professora

Discussão sobre uso de véu chega à Itália

DA ASSOCIATED PRESS

O debate sobre o uso de véu por muçulmanas em escolas públicas francesas agora chegou à Itália. A direção de uma escola de jardim da infância de Samone (norte) pediu a uma professora interina que não vestisse a peça durante o trabalho por achar que as crianças poderiam se assustar.
O caso, que despertou grande discussão entre políticos e líderes religiosos do país de maioria católica, acontece meses depois de um ativista muçulmano ter ido à Justiça para pedir que a escola pública em que seu filho estuda retire um crucifixo da sala de aula.
Em comunicado, a escola Miele & Cri-Cri afirmou que não estava agindo por preconceito, mas para evitar "a reação negativa de crianças que não estão acostumadas a esse tipo de vestimenta".
A professora de origem marroquina Fatima Mouyache disse que não entendia como um véu que cobre sua cabeça e deixa o rosto aberto poderia assustar alguma criança. Após a divulgação do caso, a cidade vizinha Ivrea fez um convite para que a professora trabalhasse lá. Mouyache aceitou.


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