São Paulo, sexta-feira, 27 de março de 2009

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GUERRA DAS DROGAS

No México, Hillary diz querer coibir venda de armas pesadas

DA REDAÇÃO

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse em entrevista na noite de anteontem à rede de TV NBC que o governo do seu país pretende reinstituir uma lei de 1994, aprovada sob a presidência de seu marido, Bill Clinton, que proíbe a venda de armas de fogo semiautomáticas em território americano.
O anúncio foi feito durante sua visita de dois dias ao México, onde passam de 6.290 as pessoas mortas somente em 2008 por razões ligadas à disputa pelo controle da venda de drogas, que tem como demanda final os norte-americanos.
No sentido inverso, cerca de 90% das armas pesadas usadas pelos cartéis mexicanos do narcotráfico que disputam violentamente esse negócio vêm dos EUA.
A lei, que reeditada poderia dificultar o acesso a esse arsenal, expirou, como previsto no projeto original, em 2004. Uma tentativa de reeditá-la, sob um Congresso então com maioria republicana, foi barrada naquele ano no Senado.
"De 1994 a 2004, enquanto a lei esteve em vigência, éramos capazes nos EUA de conter o crime porque não tínhamos que nos preocupar se essas armas pesadas chegariam às mãos dos criminosos", disse Hillary.
Em uma entrevista para o jornal "Financial Times" divulgada ontem, o presidente do México, Felipe Calderón, disse que os EUA deveriam ajudar financeiramente o seu país no combate ao problema das drogas de forma "equivalente ao fluxo financeiro que os consumidores americanos fornecem aos criminosos".
Questionado sobre a quantia de dinheiro de que falava, Calderón afirmou que poderia ser algo entre US$ 10 bilhões e US$ 35 bilhões (entre R$ 22 bilhões e R$ 78 bilhões). "A verdade é que ninguém sabe", ele disse.


Com agências internacionais


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