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São Paulo, domingo, 27 de abril de 2003

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EPIDEMIA

Projeto prevê mais exames em aeroportos e oficializa o impedimento da entrada de pessoas infectadas naqueles países

Ministros asiáticos aprovam plano de combate à Sars

DA REDAÇÃO

Ministros da Saúde da região leste da Ásia definiram algumas estratégias comuns de combate à Sars (síndrome respiratória aguda grave) em encontro ocorrido ontem na Malásia.
Em Pequim, centenas de médicos e enfermeiros foram obrigados a dormir nos hospitais onde trabalham devido à quarentena imposta a dois centros médicos na capital da China, o país mais atingido pela doença.
Especialistas em medicina de Cingapura e do Canadá -países seriamente atingidos pela doença- questionaram o uso que Hong Kong (China) tem feito de um coquetel de remédios para o tratamento da pneumonia asiática. Segundo um dos especialistas, o coquetel poderia até mesmo estar prejudicando os pacientes.
O plano aprovado pelos ministros reunidos em Kuala Lumpur determina a intensificação dos exames realizados em passageiros de aeroportos e portos marítimos internacionais, a proibição da entrada naqueles países de viajantes com sintomas da Sars e o requerimento de formulários de saúde de visitantes de países afetados.
A Sars já foi espalhada para mais de 20 países por passageiros de vôos internacionais desde que começou a surgir no sul da China no final do ano passado.
Ontem, oficiais de saúde de Hong Kong reportaram 17 novos casos de Sars enquanto a Índia detectou cinco novos casos da doença. Teme-se que a doença se espalhe rapidamente pela população indiana de mais de 1 bilhão de pessoas, a maior parte sem assistência médica adequada.
A China, onde a epidemia é mais grave, teve sete novos óbitos ontem, e o ministro da Saúde chinês, Zhang Wenkang, cuja demissão já havia sido anunciada na semana passada, deixou o cargo por ter minimizado a gravidade do surgimento da doença.
No Canadá, mais uma morte foi registrada ontem. Já foram contabilizadas 20 vítimas no país, a maior parte em Toronto.
Oficiais da imigração do Sudão impediram ontem a entrada de 72 chineses no aeroporto internacional de Cartum (capital) por temer que algum deles estivessem contaminados.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, uma possível vacina para a chamada pneumonia asiática poderia levar anos para ficar pronta. A síndrome já fez pelo menos 294 vítimas fatais no mundo até agora e infectou cerca de 5.000 pessoas.


Com agências internacionais


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