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PARAGUAI
Senador sofre atentado em área sob estado de exceção
DA REDAÇÃO
O senador governista paraguaio Robert Acevedo foi
alvo de atentado a tiros ontem no departamento (Estado) de Amambay, na fronteira com o Brasil, 1 dos 5 departamentos onde desde sábado
vigora estado de exceção.
O senador foi gravemente
ferido, mas, segundo médicos, não corria risco de morte. Dois acompanhantes
morreram no ataque, que alvejou o carro de Acevedo. Até
ontem não havia suspeitos,
mas Acevedo vinha denunciando fatos ligados ao narcotráfico na região.
Horas antes, o governo do
Paraguai anunciou o envio
de mil policiais e soldados
-equivalente a cerca de 10%
do efetivo total das Forças
Armadas paraguaias- à região em estado de exceção,
para capturar membros do
esquerdista EPP (Exército
do Povo Paraguaio).
Ao EPP, acusado de elo
com as Farc, é atribuída uma
emboscada que matou quatro pessoas no dia 21 na fronteira dos departamentos de
Concepción e San Pedro.
Além destes e de Amambay,
os departamentos em estado
de exceção são Alto Paraguai
e Presidente Hayes.
A polícia até ontem descartava elos entre o EPP e o
atentado contra Acevedo.
O estado de exceção, promulgado pelo presidente
Fernando Lugo após aprovação do Congresso, dá ao Executivo o poder de proibir
agrupamentos públicos e
prender suspeitos e, às Forças Armadas, o de usar armas
de guerra contra os supostos
criminosos.
A medida foi criticada por
grupos de direitos humanos
e, ontem, pelo vice-presidente -e rival de Lugo- Federico Franco. Lugo respondeu
que "nenhum direito constitucional foi suspenso".
Com agências internacionais
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