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Alvo de críticas internas, Bush recebe avanço diplomático com ambivalência
DO "FINANCIAL TIMES"
George W. Bush não parecia
confortável ao anunciar ontem
um avanço diplomático pelo
qual ele espera que seu governo
venha a ser lembrado.
Sua decisão de excluir a Coréia do Norte da lista de países
patrocinadores do terrorismo e
de cláusulas da Lei de Comércio com o Inimigo, em troca de
uma declaração de política nuclear há muito aguardada, foi
criticada nas fileiras de seu Partido Republicano e por algumas
das eminências pardas diplomáticas de Washington.
Bush indicou sua ambivalência em seguida, ao promulgar
uma nova ordem executiva que
impõe que seja mantida em vigor de uma série de sanções
contra os norte-coreanos.
A linha defendida por alguns
republicanos do Congresso e
centros de pesquisa americanos é a de que Pyongyang vem
continuamente falhando no
cumprimento de suas obrigações, enquanto os EUA fazem
concessão após concessão.
"Suspender as sanções e retirar a Coréia do Norte da lista de
países patrocinadores do terrorismo contraria a história e recompensa a brutal ditadura do
país por gestos ocos", disse Pete
Hoekstra, o líder da bancada
republicana na Comissão de
Inteligência da Câmara dos Representantes (deputados). "Da
mesma forma que o governo
Clinton foi enganado pelo regime de Kim Jong-il, o tempo dirá em breve se a administração
Bush engoliu a mesma isca".
Mas outros observadores
consideram que a ocasião representa um avanço. "A declaração nuclear do regime é o
mais recente lembrete de que,
apesar da retórica um dia belicosa adotada pelo governo
Bush, dialogar com nossos inimigos pode trazer dividendos",
declarou o senador democrata
John Kerry.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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