Premiê libera 46 milhões de libras após as maiores chuvas da história britânica

Mortos chegam a oito no Reino Unido; Europa Central, Itália e Grécia sofrem com centenas de incêndios florestais

DA REDAÇÃO

O premiê britânico, Gordon Brown, anunciou que irá destinar 46 milhões de libras (R$ 179,4 milhões) às áreas afetadas pela pior enchente registrada na história do Reino Unido. Ao menos oito pessoas morreram e mais de 10 mil ficaram desabrigadas.
Desde 1766, quando o índice pluviométrico começou a ser medido no Reino Unido, nunca choveu tanto quanto nos últimos meses de junho e julho.
O nível de água dos rios do país estabilizou ontem, ainda alto. Seguradoras estimam os prejuízos em 3 bilhões de libras (R$ 11,7 bilhões).
Economistas afirmam que as enchentes irão reduzir o crescimento econômico do país e podem desencadear uma alta momentânea nos preços dos alimentos, já que várias plantações foram arruinadas.
O ministro do Ambiente, Hilary Benn, disse que o governo gastará cerca de 800 milhões de libras entre 2010 e 2011, no controle de riscos e barreiras contra enchentes. Críticos afirmam que não será o suficiente para proteger a economia do país das mudanças climáticas.
Cerca de 140 mil residentes da região de Gloucestershire continuam sem fornecimento de água potável. Três outras regiões ainda estão sob estado de alerta pela Agência de Meio Ambiente, com risco de novas inundações, duas no rio Tâmisa perto de Oxford e uma no rio Ock, perto de Abingdon.

Incêndios
Na Grécia, incêndios florestais que começaram na segunda-feira se intensificaram, matando três pessoas. Os bombeiros, auxiliados pelo Exército, atuam no limite da sua capacidade. Há cerca de 200 focos de incêndio no país.
Anteontem, a Itália contabilizava 524 incêndios, segundo o jornal "La Repubblica". Cerca de três mil turistas e moradores tiveram que ser retirados do sul do país na terça-feira. Na região, turistas ficaram presos em uma praia quando a vegetação ao redor pegou fogo, assim como os carros estacionados, tendo que fugir pela água para a praia ao lado.
Autoridades de ambos os países acreditam que parte dos incêndios seja criminosa, com a finalidade de limpar terreno para construções.
Bulgária, Macedônia Eslováquia, Sérvia, Bósnia e Croácia também enfrentam incêndios.
Na China, mais de 500 pessoas morreram desde o início das enchentes de verão. Dois rios ultrapassaram em até sete metros o nível de água considerado crítico.
Em Xangai a temperatura se aproxima dos 40C, e prédios comerciais decretaram hoje o "Dia da roupa fresca" -os chineses devem trabalhar de bermuda e camiseta, a fim de economizar energia com ar-condicionado.