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SAÚDE
11 de setembro causa distúrbio infantil em NY
DA REUTERS
Milhares de crianças que vivem em Nova York estão enfrentando
problemas mentais relacionados aos atentados de 11 de setembro,
que, em muitos casos, devem durar até sua vida adulta, segundo
psiquiatras que estudaram o impacto dos atentados.
O estudo sugere que a saúde mental de uma geração inteira de
jovens nova-iorquinos foi prejudicada, com aumentos significativos no número de casos de abuso do álcool e de depressão.
"Para milhares de crianças, essa
é uma imagem, uma experiência
que elas carregarão com elas pelo
resto de suas vidas. É uma geração
inteira", disse Christina Hoven,
que está entre os psiquiatras da
Universidade Columbia, em Nova York, que conduziram o estudo com 8.300 nova-iorquinos de
nove a 18 anos de idade.
As crianças e os adolescentes
que participaram do estudo, avaliados cerca de seis meses depois
dos ataques, perderam um parente no World Trade Center ou tinham algum que sobreviveu.
Hoven afirmou que o aspecto
surpreendente dos resultados foi
o de que as oito formas de doença
mental, incluindo depressão, estresse pós-traumático e abuso do
álcool, tinham uma prevalência
equivalente entre crianças que estavam longe do World Trade
Center e crianças que foram testemunhas oculares dos atentados.
"A prevalência de todos os oito
distúrbios é bastante elevada em
relação ao que seria esperado na
população em geral", disse Hoven. "O fator mais importante
não era a proximidade do local do
desastre, mas a idade, sendo que
as crianças mais novas eram as
mais vulneráveis."
Hoven e seus colegas da Universidade Columbia estão em Yokohama, no Japão, para o Congresso Mundial de Psiquiatria, onde devem apresentar os resultados de
sua pesquisa hoje.
Com agências internacionais
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