São Paulo, quarta-feira, 27 de agosto de 2008

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Candidatos nos EUA condenam gesto do Kremlin

DA REDAÇÃO

Criticado nos Estados Unidos pela reação contida no espocar da crise no Cáucaso no início deste mês, o candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, apressou-se ontem em divulgar um texto no qual condena a Rússia por reconhecer a independência da Ossétia do Sul e da Abkházia e exorta Moscou a respeitar a integridade territorial da Geórgia.
Caso isso não aconteça, advoga, em linha com o que tem dito a Casa Branca, os EUA devem rever sua relação com Moscou. Ele ainda defende a criação de um fundo de US$ 1 bilhão "para reconstruir a Geórgia" após o conflito.
Mas, mantendo as nuances que caracterizam seus discursos de política externa, lembrou que "ninguém quer outra Guerra Fria com a Rússia": "Os EUA e a Rússia têm muitos interesses em comum, e a Rússia tem potencial para ser um ator crucial no sistema internacional".
Já o republicano John McCain, que na crise manteve um tom mais duro que o do presidente Bush, voltou a condenar Moscou.
Artigo escrito pelos senadores Joe Lieberman e Lindsay Graham em nome da campanha de McCain, publicado ontem pelo "Wall Street Journal", volta a citar a "agressão inominável" da Rússia e fala em "desafio à ordem política na Europa".
"A luta [na Geórgia] é para deixar ou não uma linha dividir a Europa entre as nações livres para elegerem seu próprio destino e aquelas atreladas à órbita autoritária do Kremlin", diz o texto.


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