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Brasileiros também utilizam estratégia
DE WASHINGTON
Imigrantes brasileiros nos
EUA ajudam a compor as estatísticas dos que cruzam o
país em busca da carteira de
motorista, às vezes pagando
milhares de dólares a atravessadores.
O mineiro Vinícius, 29, que
está nos EUA ilegalmente
desde 2001 e vive em Connecticut, chegou a viver um mês
em outro Estado só para evitar as extorsões e conseguir
tirar a carteira sozinho.
A licença de Vinícius havia
sido emitida originalmente
na Flórida, sob regras antigas, e venceu em fevereiro.
Sua primeira tentativa foi ir
até lá e renovar o documento,
mas não deu certo. "Agora lá
só com "green card"."
Ele "ouviu dizer" que nos
Estados de Novo México e de
Washington o visto americano não é exigido. Escolheu o
primeiro.
"Em Washington atravessadores cobram US$ 1.500
[cerca de R$ 2.600] para fazer
o pedido", afirma. "E muitos
pedem mais dinheiro quando o documento fica pronto."
Por seus cálculos, o documento em Washington ficaria em ao menos US$ 2.500.
Vinícius foi para o Novo
México em março. Alugou
uma quitinete por US$ 400 e
fez seguro de carro, pois
eram exigidos dois comprovantes de endereço no Estado. Ficou um mês e meio viajando pela na região até o
processo ser completado.
"Gastei no total uns US$ 800,
ficou barato", diz.
A irmã dele nunca havia tirado a carteira nos EUA e teve
de começar do zero. "Procuramos uma autoescola que
oferecia prova escrita e de
trânsito por US$ 100. E todo
mundo passa", diz o mineiro.
Todo esse processo deixa o
imigrante em dia por pouco
tempo. De volta a Connecticut, Vinícius e a irmã teriam
30 dias para transferir o documento -o que, sem visto, é
impossível ali.
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