São Paulo, sexta-feira, 27 de agosto de 2010

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Brasileiros também utilizam estratégia

DE WASHINGTON

Imigrantes brasileiros nos EUA ajudam a compor as estatísticas dos que cruzam o país em busca da carteira de motorista, às vezes pagando milhares de dólares a atravessadores.
O mineiro Vinícius, 29, que está nos EUA ilegalmente desde 2001 e vive em Connecticut, chegou a viver um mês em outro Estado só para evitar as extorsões e conseguir tirar a carteira sozinho.
A licença de Vinícius havia sido emitida originalmente na Flórida, sob regras antigas, e venceu em fevereiro. Sua primeira tentativa foi ir até lá e renovar o documento, mas não deu certo. "Agora lá só com "green card"."
Ele "ouviu dizer" que nos Estados de Novo México e de Washington o visto americano não é exigido. Escolheu o primeiro.
"Em Washington atravessadores cobram US$ 1.500 [cerca de R$ 2.600] para fazer o pedido", afirma. "E muitos pedem mais dinheiro quando o documento fica pronto."
Por seus cálculos, o documento em Washington ficaria em ao menos US$ 2.500.
Vinícius foi para o Novo México em março. Alugou uma quitinete por US$ 400 e fez seguro de carro, pois eram exigidos dois comprovantes de endereço no Estado. Ficou um mês e meio viajando pela na região até o processo ser completado. "Gastei no total uns US$ 800, ficou barato", diz.
A irmã dele nunca havia tirado a carteira nos EUA e teve de começar do zero. "Procuramos uma autoescola que oferecia prova escrita e de trânsito por US$ 100. E todo mundo passa", diz o mineiro.
Todo esse processo deixa o imigrante em dia por pouco tempo. De volta a Connecticut, Vinícius e a irmã teriam 30 dias para transferir o documento -o que, sem visto, é impossível ali.


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