São Paulo, sábado, 27 de novembro de 2004

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ÁSIA

Suspeito do crime está em liberdade

Ataque em escola da China mata ao menos 8

DA REDAÇÃO

Armado com uma faca, um homem invadiu o dormitório de uma escola secundária em Ruzhou, na Província chinesa de Henan (sudeste), e matou ao menos oito meninos enquanto eles dormiam. Outros quatro meninos ficaram feridos.
A polícia local afirmou que está à procura do suspeito e que o motivo do ataque está sendo investigado.
O homem invadiu o dormitório da Escola Secundária Número 2 de Ruzhou, às 23h45, e "retalhou oito pessoas até a morte", afirmou a agência oficial de notícias chinesa Xinhua, citando fontes policiais.
Outra agência de notícias estatal, chamada China News Service, afirmou que o número de mortos era de nove meninos.
A polícia se negou a divulgar mais detalhes do caso. Segundo a agência China, com base em relato de um dos sobreviventes, o suspeito pode ser um ex-aluno que havia sido expulso da escola e que teria pedido, durante o ataque, para não ser denunciado.

Onda de ataques
Trata-se do quarto e mais grave ataque desse tipo desde agosto, sem que haja indícios de uma motivação evidente ou de uma relação entre os casos.
Ao todo, os ataques anteriores haviam deixado uma criança morta e 70 feridos.
A onda de ataques a faca em escolas e creches fez com que o presidente Hu Jintao divulgasse, em setembro, uma ordem nacional para que as instituições reforçassem sua segurança.
Em Pequim, as escolas passaram a contar com a presença de guardas. Não se sabe se a escola de Ruzhou também incrementou seu esquema de segurança.
Os ataques vêm acontecendo em distintas regiões chinesas. Segundo informações oficiais, os suspeitos seriam de origens e formações diferentes.
Na última quarta-feira, um motorista de ônibus acusado de esfaquear 25 crianças com uma faca de cozinha numa escola na Província de Shandong (leste), em setembro, foi executado. Ele teria tido um desentendimento com os pais de um dos alunos.
Apesar de nenhuma vítima ter sido fatal, o tribunal que julgou o caso decidiu que a pena de morte era apropriada porque a violência havia sido "especialmente cruel".
No primeiro episódio, registrado em agosto, um homem com histórico de problemas psiquiátricos e internações esfaqueou 15 crianças entre cinco e seis anos de idade, além de três professores, numa creche da Universidade de Pequim. Uma criança morreu.
Em setembro, um homem armado com uma faca, explosivos caseiros e gasolina invadiu uma creche na cidade de Suzhou (leste) e feriu 28 crianças até ser parado pela polícia. Os motivos do ataque não foram divulgados pela polícia.


Com agências internacionais

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