DO NEW YORK TIMES

Israel retirou suas tropas da faixa de Gaza na manhã de ontem, conforme o previsto num inesperado acordo de cessar-fogo, fechado na noite de sábado entre líderes israelenses e palestinos para pôr fim a cinco meses de combates, iniciados depois do seqüestro de um soldado israelense, em junho.
O acordo também previa que os palestinos cessassem seus próprios ataques a partir das 6h de ontem. Embora 11 foguetes tenham sido lançados contra Israel depois desse horário, a situação parecia sob controle no fim do dia.
O premiê israelense, Ehud Olmert, declarou que Israel "agirá com moderação" e que espera a libertação do soldado Gilad Shalit. "Em última instância, isso pode levar à abertura de negociações sérias, de modo que possamos caminhar para um acordo amplo com os palestinos", disse Olmert.
Líderes de diferentes grupos armados se reuniram com o premiê palestino, Ismail Haniyeh, do grupo islâmico Hamas, e disseram que respeitarão a trégua, anunciada na noite de sábado pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, da organização secular Fatah.
O acordo é o esforço mais sério até agora para suspender os combates em Gaza. Mas não está claro até que ponto os militantes palestinos vão aderir a ele. No passado, a ANP se mostrou incapaz de controlar as diversas facções envolvidas nos choques com Israel.
O acordo começou com um telefonema de Abbas a Olmert, segundo os dois lados. O cessar-fogo não abrange a Cisjordânia. Israel retirou seus soldados e colonos de Gaza no ano passado. Mas as tropas retornaram no final de junho. Desde então, mais de 400 palestinos, metade deles civis, e três soldados israelenses foram mortos. Dois civis israelenses foram mortos por foguetes lançados do território palestino.


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