São Paulo, quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

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Deslizamentos deixam 81 mortos ou desaparecidos na Indonésia

Acidente ocorre três anos após tsunami, cujas vítimas seguem em situação precária

DA REDAÇÃO

Deslizamentos de terra deixaram pelo menos 81 pessoas mortas ou desaparecidas, ontem, no oeste da Indonésia. São os piores deslizamentos na região em 25 anos. Os acidentes acontecem exatamente três anos depois que um tsunami devastou a costa do sul da Ásia.
Centenas de soldados, policiais e voluntários tentam desobstruir as estradas para que guindastes e outros equipamentos possam chegar ao local.
No pior acidente, um bloco de terra atingiu camponeses que comemoravam a retirada da lama que havia coberto uma casa, no distrito de Karanganyar. Pelo menos 61 pessoas foram soterradas, de acordo com as autoridades que trabalham no local. No distrito vizinho de Wonogiri, outras 17 pessoas morreram por causa de um deslizamento de terra que aconteceu depois de 12 horas seguidas de chuva intensa.
Todos os anos, entre os meses de dezembro e março, ocorrem intensas chuvas de monções no sul da Ásia.

Depois do tsunami
Na Indonésia, orações coletivas reuniram fiéis nas mesquitas na província de Aceh, ao norte da ilha de Sumatra, onde morreram 168 mil pessoas, em 2004. A maior ilha da Indonésia foi a região mais atingida pela onda gigante. No total, 230 mil pessoas morreram ou desapareceram, em 12 países.
Uma simulação de alerta de tsunami na ilha de Java não foi afetada pelos deslizamentos.
Na Índia, onde 16 mil pessoas morreram, mais de 40 mil pessoas das ilhas indianas de Andaman e Nicobar ainda estão sem casa, vivendo em abrigos temporários. Foi somente ontem que a administração local entregou o primeiro lote de 200 casas -pouco para atender as 10 mil famílias que ficaram desabrigadas.
O governo indiano destinou US$ 660 milhões para construir 10 mil casas, mas o progresso é lento. Autoridades culpam o mau tempo, que prejudica e encarece os trabalhos.
No Sri Lanka, onde mais de 30 mil pessoas morreram na tragédia, mais de 40% dos fundos de ajuda desapareceram e o governo gastou apenas 55%, segundo a ONG Transparência Internacional.


Com agências internacionais


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