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Moscou não autoriza visita de Sharansky à sua antiga prisão
Ex-dissidente volta à Rússia como ministro de Israel
das agências internacionais
Natan Sharansky voltou ontem a Moscou como um honorável ministro de Israel, dez
anos após ser libertado de uma
prisão da KGB (agência de inteligência russa).
Sharansky, um dissidente judeu da era soviética que ficou
preso acusado de espionar para
os EUA, foi recebido com honras pelo prefeito Iuri Lujkov na
sede da Prefeitura de Moscou.
"Como um ex-moscovita,
forçado a deixar Moscou, eu retorno como ministro de Israel a
uma cidade de pessoas livres",
disse ele depois de assinar uma
carta de intenção para expansão
do comércio com Moscou.
Uma visita ao campo de trabalhos forçados onde ficou a
maior parte do tempo em que
esteve preso foi negada. "Eles
estão embaraçados", afirmou.
"Eu perguntei pelo campo de
trabalho. Eles disseram não...
`Você sabe, ele mudou, mas não
por inteiro'."
Sharansky foi um dos mais
proeminentes prisioneiros da
era soviética. Sua campanha pelo direito de imigração dos judeus incomodava muito a KGB.
Em 1986, depois de quase dez
anos na prisão ele foi libertado
em uma das últimas, e certamente mais públicas, trocas de
prisioneiros da Guerra Fria.
Logo depois de ser solto, o então chamado Anatoli Sharansky, mudou seu nome para
Natan, e começou uma nova vida em Israel.
Sharansky se tornou ministro
do Comércio e da Indústria no
atual governo de Israel após seu
partido, Yisrael ba-Aliya (Israel
da Imigração), eleger vários deputados nas eleições de maio.
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