São Paulo, quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

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ÁFRICA

Ausência de presidente abre crise na Nigéria

DA REDAÇÃO

A ausência do presidente Umaru Yar'Adua abriu um vácuo de poder e um princípio de crise institucional na Nigéria, onde Senado e Executivo divergem sobre a liderança do país enquanto o líder é submetido a tratamento médico na Arábia Saudita.
Ontem, o Senado instou o presidente a notificar o Congresso de sua ausência, o que, segundo a Constituição, significaria transferir o poder a seu vice, Goodluck Jonathan.
O gabinete presidencial respondeu que Yar'Adua "não está incapacitado de exercer suas funções".
Yar'Adua, 58, eleito em 2007 para mandato de quatro anos, sofre de males cardíacos e renais, e desde sua internação, há mais de dois meses, não se sabe quase nada sobre seu estado de saúde.
O Senado não tem poder para destituir o presidente, mas pode abrir um pedido de impeachment. A Justiça deu até a semana que vem para o governo dar uma posição sobre a capacidade do presidente.
O embate tem raízes profundas. Após a guerra civil (1967-70), a elite política do país mais populoso da África fez um acordo no qual o poder deveria se alternar a cada dois mandatos entre o norte -berço de Yar'Adua-, de maioria muçulmana, e o sul -de onde vem Jonathan-, de maioria cristã.
Na semana passada, um choque entre muçulmanos e cristãos relacionado à posse de terras deixou 460 mortos no país.

Com agências internacionais



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