São Paulo, sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

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FOCO

Contra "perda de tempo", Bloomberg adota cronômetro

ÁLVARO FAGUNDES
DE NOVA YORK

As reuniões na Prefeitura de Nova York agora estão com as horas contadas -literalmente.
Por uma decisão do prefeito Michael Bloomberg, cronômetros estão sendo colocados nas salas de reunião para aumentar a produtividade no trabalho.
A ideia é simples e chega a lembrar o relógio usado em jogos de xadrez. No começo da reunião, um botão é apertado e os participantes podem observar (o cronômetro é digital, e os números, grandes) quanto tempo se passou desde o início do encontro.
Segundo Stu Loeser, porta-voz do prefeito, a sugestão dos relógios foi feita por um amigo de Bloomberg que trabalha no setor privado. Na empresa dele, os cronômetros teriam reduzido em 20% a duração das reuniões.
"Não estamos aqui para ficar sentados reunidos uns com os outros. Estamos aqui para resolver as coisas", disse ao "Wall Street Journal".
Quatro desses relógios já foram instalados na prefeitura e mais oito logo devem entrar em funcionamento. O investimento foi feito por um doador que não teve sua identidade revelada.
Bloomberg, que é dono da agências de informações econômicas de mesmo nome e tem um patrimônio avaliado em US$ 18 bilhões (é o décimo americano mais rico, segundo a "Forbes"), é conhecido por cobrar o aumento de produtividade de seus funcionários.
Em um trecho da sua autobiografia, ele conta como ficava frustrado com reuniões na sua empresa em que os funcionários liam suas apresentações, com o mesmo material que fora entregue aos demais participantes no início do encontro.
"Na semana seguinte, eu tirei as cadeiras da sala de conferência antes do início da reunião", escreveu Bloomberg. "É impressionante como são mais rápidas e mais focadas as reuniões feitas de pé."


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