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Farc maltratam Ingrid, dizem os libertados
DE CARACAS
A ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt
está muito doente e corre
risco de morte caso não seja libertada em breve, segundo relatos dos reféns
soltos ontem pelas Farc.
"Ela está muito maltratada pela guerrilha, é preciso dizer ao mundo. A
guerrilha está irritada com
Ingrid Betancourt, ela está
em condições infra-humanas, rodeada de personagens que não fizeram de
forma alguma sua vida
agradável", disse o ex-senador Luis Eladio Pérez à
radio colombiana Caracol.
Pérez, que defendeu
uma "solução política" para o conflito, disse que esteve com Betancourt no
último dia 4 e a encontrou
"fisicamente esgotada".
Mais tarde, durante a reunião com Chávez, a ex-congressista Gloria Polanco pediu a ajuda dele para
liberar Betancourt, agora a
única mulher refém da
guerrilha esquerdista.
"Ela está muito mal,
presidente, muito mal.
Tem uma hepatite B reincidente e está chegando já
aos últimos....", afirmou
Polanco, sem concluir a
frase.
Chávez evitou pedir a libertação de Betancourt,
mas fez um apelo ao líder
máximo das Farc, Manuel
Marulanda, para melhorar
as condições dela. "O primeiro que vou lhe pedir,
de coração, é que mude o
lugar onde está Ingrid para um comando mais perto de você (...) enquanto
continuamos tramitando
e abrindo o caminho para
a sua liberação definitiva.
Acredito que seja urgente", disse o venezuelano.
No sábado, Betancourt
completou seis anos de cativeiro. Sua assessora, Clara Rojas, raptada junto
com ela, foi liberada no
mês passado.
(FM)
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