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São Paulo, sexta-feira, 28 de março de 2003

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EUA dizem que Iraque combate com crianças

DA REDAÇÃO

Sem apresentar provas, o general Vicent Brooks, do Comando Central dos EUA, no Qatar, acusou o Iraque de pressionar crianças a combater as forças da coalizão anglo-americana, sob ameaça de terem suas famílias mortas.
"As forças do regime estão tirando as crianças de suas casas e dizendo às famílias que os meninos devem lutar, sob pena de todos serem executados", disse Brooks, em coletiva à imprensa.
O general não mostrou nenhuma evidência das acusações, mas disse que os relatos dos militares americanos são "confiáveis".
Em contraste, Brooks mostrou um vídeo em que garotos iraquianos sorridentes aparecem em áreas supostamente controladas pela coalizão anglo-americana. "Não há coerção nisso, é tudo verdade. Vocês estão vendo pessoas experimentarem a liberdade pela primeira vez", disse.

Tiros na nuca
O correspondente no sul do Iraque Dexter Filkins, do jornal americano "The New York Times", relatou ter visto um soldado iraquiano gravemente ferido com um tiro na nuca, supostamente disparado por um companheiro de batalha.
Segundo o médico que o atendeu, o fato de o tiro ser de baixo calibre indica que saiu de uma arma iraquiana. "Se ele tivesse sido atingido por uma M-16, provavelmente teria sido decapitado", disse Wade Wilde, que acompanha uma divisão de marines.
Segundo Filkins, vários soldados iraquianos presos na região de Diwania disseram que estavam lutando sob a mira de militares que permanecem leais ao ditador iraquiano, Saddam Hussein.
"Os oficiais ameaçaram nos matar se não lutássemos", disse um soldado iraquiano ferido. "Eles nos apontaram as armas e ordenaram que lutássemos".
Até o fechamento dessa edição, o governo iraquiano não comentou as acusações.


Com agências internacionais


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