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EUA dizem que Iraque combate com crianças
DA REDAÇÃO
Sem apresentar provas, o general Vicent Brooks, do Comando
Central dos EUA, no Qatar, acusou o Iraque de pressionar crianças a combater as forças da coalizão anglo-americana, sob ameaça
de terem suas famílias mortas.
"As forças do regime estão tirando as crianças de suas casas e
dizendo às famílias que os meninos devem lutar, sob pena de todos serem executados", disse
Brooks, em coletiva à imprensa.
O general não mostrou nenhuma evidência das acusações, mas
disse que os relatos dos militares
americanos são "confiáveis".
Em contraste, Brooks mostrou
um vídeo em que garotos iraquianos sorridentes aparecem em
áreas supostamente controladas
pela coalizão anglo-americana.
"Não há coerção nisso, é tudo verdade. Vocês estão vendo pessoas
experimentarem a liberdade pela
primeira vez", disse.
Tiros na nuca
O correspondente no sul do Iraque Dexter Filkins, do jornal americano "The New York Times",
relatou ter visto um soldado iraquiano gravemente ferido com
um tiro na nuca, supostamente
disparado por um companheiro
de batalha.
Segundo o médico que o atendeu, o fato de o tiro ser de baixo
calibre indica que saiu de uma arma iraquiana. "Se ele tivesse sido
atingido por uma M-16, provavelmente teria sido decapitado", disse Wade Wilde, que acompanha
uma divisão de marines.
Segundo Filkins, vários soldados iraquianos presos na região
de Diwania disseram que estavam
lutando sob a mira de militares
que permanecem leais ao ditador
iraquiano, Saddam Hussein.
"Os oficiais ameaçaram nos
matar se não lutássemos", disse
um soldado iraquiano ferido.
"Eles nos apontaram as armas e
ordenaram que lutássemos".
Até o fechamento dessa edição,
o governo iraquiano não comentou as acusações.
Com agências internacionais
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