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VIOLÊNCIA E ELEIÇÕES
Cristina anuncia plano para conter aumento da violência
DE BUENOS AIRES
Um dia após a confirmação
da antecipação das eleições
na Argentina, o governo de
Cristina Kirchner manteve
ontem a ofensiva eleitoral ao
anunciar um plano nacional
de segurança pública.
O pacote oficial prevê investimentos de R$ 242 milhões nas Províncias de Buenos Aires e Mendoza -as
mais violentas-, em ações
como contratação de 4.000
policiais aposentados, compra de 500 carros, 1.500 aparelhos de GPS e 5.000 câmeras de monitoramento.
O anúncio ocorre em meio
à demanda crescente por segurança, amplificada por declarações polêmicas de famosos e protestos. O problema é, dizem pesquisas, o que
mais preocupa os argentinos.
A estratégia aponta, sobretudo, às regiões pobres da
Grande Buenos Aires. As
áreas, redutos kirchneristas,
são as mais afetadas pelo aumento da violência e onde o
governo aposta suas fichas
para as legislativas de junho,
que renovarão 50% da Câmara e um terço do Senado.
Há dez dias, houve protestos contra a insegurança em
ao menos oito cidades do
país. Em Buenos Aires, o ato
reuniu 10 mil pessoas e teve
tom opositor -o principal
orador, o rabino Sérgio Bergman, citou "uma Argentina
que pode ser República depois de Néstor", em referência ao ex-presidente Néstor
Kirchner (2003-2007).
(TG)
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