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ORIENTE MÉDIO
Europeus se mostram contrários à posição do presidente dos EUA, que exige mudança na liderança palestina
Palestinos rechaçam ameaças econômicas de Bush
DA REDAÇÃO
A ANP (Autoridade Nacional
Palestina) rejeitou a afirmação do
presidente dos EUA, George W.
Bush, segundo a qual seu país
"não colocaria dinheiro em uma
sociedade corrupta e que não seja
transparente", em referência ao
governo palestino. Líderes europeus se mostraram contrários às
recentes declarações de Bush, pedindo a substituição do líder palestino Iasser Arafat.
As declarações sobre o possível
congelamento na ajuda financeira
aos palestinos foram feitas por
Bush em reunião de cúpula do G-8 (grupo dos países mais desenvolvidos) no Canadá.
Para a ANP, o presidente norte-americano "foi contra os princípios democráticos pregados pelo
seu próprio país" ao insistir em
ameaçar com sanções os palestinos se Arafat não for removido.
O líder palestino deve concorrer
e é favorito na disputa presidencial em janeiro do próximo ano.
Segundo os EUA, os palestinos
deveriam optar por uma outra liderança, "que não apóie o terror".
Os líderes europeus que estão
reunidos com Bush no Canadá
disseram não estar de acordo com
a pressão que o presidente americano está exercendo sobre os palestinos para remover Arafat.
Para o premiê britânico, Tony
Blair, é papel dos palestinos escolher quem deve governá-los. O
presidente da França, Jacques
Chirac, fez pronunciamento quase idêntico.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse ser "perigoso e
equivocado destituir Arafat, os
palestinos podem radicalizar".
O premiê italiano, Silvio Berlusconi, pediu que Arafat saia voluntariamente e disse ser papel dos
países desenvolvidos ajudar os
palestinos a reconstruir sua infra-estrutura. Segundo o chanceler
(premiê) alemão, Gerhard Schröder, "Arafat ainda é o interlocutor
palestino em conversações com a
Alemanha".
Ofensiva militar
O Exército de Israel manteve
ofensiva ontem em sete grandes
cidades da Cisjordânia. A situação continuava mais delicada em
Hebron, onde cerca de 15 militantes extremistas estariam refugiados dentro de um prédio da ANP.
Helicópteros bombardearam o
complexo, causando graves danos, mas não houve vítima.
Em Qalqylia, três jovens palestinos foram feridos por não terem
respeitado o toque de recolher.
Um palestino de 19 anos foi morto
no campo de refugiados de Balata, perto de Nablus.
Com agências internacionais
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