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GUERRA SEM LIMITES
Jornal americano diz que "técnicas avançadas de interrogatório" aguardam revisão de base jurídica
CIA suspende interrogatório duro, diz "Post"
DA REDAÇÃO
A CIA (Agência Central de Inteligência, o serviço secreto norte-americano) deixou de usar técnicas duras de interrogatório de prisioneiros, afirmou o jornal "The
Washington Post". Segundo o
diário norte-americano, técnicas
como privação de sono, posições
estressantes e a recusa de fornecer
medicamentos analgésicos foram
suspensas enquanto a administração do presidente George W.
Bush reavalia a sua legalidade.
"A coisa toda foi interrompida
até que possamos estar seguros de
que ela tem base legal", disse um
ex-funcionário graduado da central de inteligência ao "Post".
O jornal afirma que as chamadas técnicas avançadas de interrogatório foram aplicadas em líderes da rede terrorista Al Qaeda. A
suspensão se aplica a todos os
centros de detenção da CIA espalhados pelo mundo, mas não a
prisões militares como a de Guantánamo, em Cuba, ou de Abu
Ghraib, em Bagdá. O interrogatório de prisioneiros continuará, diz
o "Post", mas sem o uso dessas
técnicas. Nenhum porta-voz da
CIA foi encontrado para comentar a notícia ontem.
A suspensão se segue à decisão
da Casa Branca de revisar um memorando de agosto de 2002 que
detalhava meios para evitar a violação de leis internacionais e dos
EUA contra a tortura. O governo
norte-americano passou a rever
vários de seus procedimentos em
relação a prisioneiros depois que
veio à tona o escândalo de maus-tratos infligidos a detentos na prisão iraquiana de Abu Ghraib.
Segundo o jornal, as técnicas
avançadas de interrogatório foram aprovadas por advogados do
Departamento da Justiça e pelo
Conselho de Segurança Nacional
e exigiam a permissão do diretor
da CIA para serem aplicadas.
Sem dano
Um ex-funcionário graduado
do Departamento da Justiça disse
que essas técnicas não configuram uma forma de tortura porque
não resultam em dano físico significativo para o prisioneiro.
Outras técnicas usadas incluem
barulho ininterrupto, bombardeamento com luzes e fazer o prisioneiro acreditar que está sendo
interrogado por um outro governo que não o norte-americano.
Com agências internacionais
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