São Paulo, sábado, 28 de junho de 2008

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ITÁLIA

Premiê quer imunidade para não "perder tempo" na corte

DA REDAÇÃO

O gabinete do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, aprovou ontem um projeto de lei que concede imunidade ao premiê e aos outros três ocupantes dos mais altos cargos do governo. A medida, que pode evitar a condenação de Berlusconi em processos por corrupção e fraude, segue agora para o Parlamento, onde o governo tem maioria qualificada.
Em 2004, a Suprema Corte declarou inconstitucional uma lei que dava imunidade a Berlusconi. De volta ao cargo de premiê, o líder conservador tem agora outra chance de aprovar o projeto. Segundo o ministro da Defesa, Ignazio la Russa, a nova versão da lei leva em conta todas as objeções do Judiciário.
Dizendo-se perseguido, Berlusconi comparou, na quarta-feira, a Justiça italiana a um câncer em crescimento. "Ou eu trabalho como premiê, ou me dedico às audiências", disse o bilionário, que conta já ter gasto R$ 435 milhões com os custos legais dos processos.
Desde maio, quando assumiu pela terceira vez o cargo de premiê, Berlusconi está em constante atrito com o Judiciário. Nesta semana, o Senado aprovou a suspensão, por um ano, dos processos por crimes menos graves abertos até 30 de junho de 2002. Um deles envolve o chefe de governo, acusado de subornar um advogado para que mentisse à Justiça.
São leis altruístas, segundo o ministro da Justiça, Agelino Alfano. "Se ele [Berlusconi] quisesse agir em interesse próprio, ele se defenderia indo a todas as audiências. Mas isso seria uma grande distração para o trabalho do governo", disse à imprensa.


Com agências internacionais


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