DA REDAÇÃO

Cerca de 600 mil do 1,5 milhão de guineenses estão habilitados para votar no pleito de hoje, em que 11 candidatos concorrem pela sucessão do presidente João Bernardo Vieira, assassinado em 2 de março, horas depois de seu rival de longa data, que chefiava as Forças Armadas, ter sido morto por uma bomba. A expectativa de analistas é a de que a eleição ocorra com tranquilidade e que o resultado oficial seja divulgado em dez dias.
"O teste real não é um pleito pacífico, mas se as instituições terão a capacidade de prevenir que o país descambe para o caos depois dela", aponta a consultoria internacional IHS Global Insight.
A entidade destaca a histórica influência militar na antiga colônia portuguesa, que obteve sua independência em 1974 e desde então foi palco de seguidos golpes.
A partir da introdução do multipartidarismo, há 15 anos, nenhum presidente completou o mandato constitucional, cujo prazo é de cinco anos.
Segundo dados da CIA, a população de Guiné-Bissau tem renda per capita de US$ 600 -uma das cinco mais baixas entre as informações de 229 países que são listadas pela agência americana de inteligência.