São Paulo, segunda-feira, 28 de junho de 2010

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FOCO

Dez anos após volta a Cuba, Elián estuda para ser militar

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A imprensa oficial cubana celebrou ontem os dez anos do regresso do menino Elián González à ilha, após meses de uma midiática disputa entre Havana e anticastristas de Miami na Justiça americana.
Num relato de uma página, o jornal "Juventud Rebelde" relembrou o "drama humano" com "um final feliz" e afirmou que "a dor da tragédia ficou para trás com o carinho dos seus e do seu povo".
"Com sua volta, culminava a vitória da Justiça universal e de todos os cubanos, da solidariedade internacional e do melhor do povo americano. [Hoje] Elián vive feliz como qualquer adolescente de 16 anos, com seus irmãos e a sua verdadeira família."
Segundo o periódico do Partido Comunista, "após ter sido usado pelos inimigos da revolução, o vemos vestindo seu uniforme verde oliva como estudante da escola militar, onde se prepara como um futuro oficial das Forças Armadas Revolucionárias".
A disputa envolvendo o menino Elián teve início em novembro de 1999, quando o barco de emigrantes cubanos ilegais em que se encontrava naufragou. A sua mãe e outras dez pessoas morreram.
Elián, então com seis anos, foi resgatado por dois pescadores americanos e entregue em Miami (Flórida) a parentes paternos que se negaram a devolvê-lo a seu pai na ilha.
O episódio motivou uma disputa na Justiça que mobilizou a comunidade anticastrista e o próprio ex-ditador Fidel Castro por sua guarda.
Em junho de 2000, a Justiça americana decidiu em favor do pai de Elián e do seu retorno a Cuba, onde foi recebido pelo regime como herói.
O caso é considerado a última grande vitória de Fidel, que convocou marchas por Elián e, depois, compareceu a todos os seus aniversários até 2006, quando adoeceu e cedeu o posto ao irmão Raúl.


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